Ingrata Poesia.

Ah , esta velha puta!
Que mesmo no ofício de foder,
Esperneia e luta.
Mesmo a nos beijar e lamber,
Nos insulta.
Mesmo ao me dar e me ter,
Reluta.

Ah, esta doce Santa!
Que mesmo a nos negar o milagre,
Nos encanta.
Mesmo a nos pôr de joelhos,
Nos levanta!
Que mesmo calada e fria.
Brilha e canta.

E eu sempre grato a ti,
ingrata poesia.

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