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Mostrando postagens de setembro, 2015

Sacou a moral?!

Um dia eu vou morrer! E rindo, com a mão nas minhas costas, Deus vai me explicar a minha vida...Como uma piada que eu não entendi direito.

Não Estávamos Prontos!

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   Eu já havia lido em algum lugar sobre a criação dos emojis multiétnicos para o Whatsapp e outros aplicativos. Desconsiderei na época, pois não vi ali conquista alguma e nem relevância na discussão racial. Sou um ser humano e, naturalmente, batalho pelo meu espaço e pelos meus direitos. E sou negro também, então para mim a discussão racial está mais para "condição" racial. É uma constante na minha vida e estou bem ciente das coisas positivas e negativas em que isso implica.    Sou uma criatura pacífica e conciliadora por natureza, então a minha maneira de diminuir os efeitos  da cisão entre as pessoas de diferentes raças ou diferentes sexos, opções ou ideologias, é sempre a do diálogo, da empatia e da convivência. Acho que o melhor tipo de comunicação se dá, quando nos aproximamos a tal ponto que podemos perceber o que há além do exterior. Minha roupa e minha pele me vestem e ajudam a  contar sobre a minha história e as minhas experiências, mas não são nem de longe as co

A Minha Mais Secreta Covardia

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    Quem me conhece há mais tempo já deve ter me ouvido mencionar em alguma dessas conversas, sobre a certeza que eu tinha, enquanto jovem, de que iria morrer cedo. Eu não sei em que ponto da infância tomei conhecimento razoável do que era a morte. Me lembro bem é dos efeitos que tal consciência causou. Em primeiro era um temor. Pensar na mortalidade de quem eu amava, me apavorava. Todo abraço que eu dei na minha mãe durante um período da infância tinha um quê de medo e desespero. Se eu a apertava forte era por ter descoberto que um dia a perderia. O outro efeito é mais estranho e menos natural, especialmente para uma criança; pois eu senti sinceramente que não viveria muito. Eu era tão frágil e o mundo era tão poderoso.Todos pareciam tão adequados e tão bem preparados para enfrentar uma vida longa, mas eu não. Eu não suportaria!, nem a perda, nem o fracasso, nem o julgamento e nem tudo isso que a  vida, inevitavelmente, é. Eu confiei tanto nesse instinto que passei a viver uma vida