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Mostrando postagens de novembro, 2016

Ano Zero.

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Você vai falar que 2016 foi um ano horrível. Você aprendeu a pensar por ciclos e também a ter esperança por ciclos. Mas esqueça os ritos de fim de ano. 2016 não acaba aqui! Para os opositores da PEC ele durará até 2037. Para quem morreu no desastre aéreo ou de qualquer outra ocorrência, ele, de fato, nunca acabará. 2016 não é uma encruzilhada na linha do tempo. Ele vem se construindo  desde de 1964, talvez antes,1888; talvez muito antes, 1500. Hoje, neste dia numerado deste ano numerado, eu sinto uma indignação forte e uma vontade de não ser vencido, que quase posso dizer que 2016 começa agora!, mas isso pouco importa. O agora importa. Importa que nesta estação, cá deste lado do hemisfério, os dias são mornos e as pessoas preguiçosas...é fácil convencê-las a baixar escudos, soltar foguetes, descansar e pensar passivamente na mudança de número, 2017. Zerar tudo e acreditar numa solução mágica que virá no próximo ano, depois que o calor passar. Não se engane, estamos no ano zero. O a

Força, Chape!

Ainda ontem, falávamos de futebol em outros termos. Eu havia postado uma crítica ao fanatismo das torcidas e ao clima de extrema rivalidade(inimizade até) que tal fanatismos trazia. O  Lucas , com quem eu conversava, defendia o lado bom das grandes torcidas, coisa que eu honestamente não conseguia visualizar. Dormi convencido do meu ponto de vista e da incapacidade do futebol atual de produzir efeitos diferentes de ódio, revanchismo, sarcasmo, conflito... Quando o  Giovani  me falou muito cedo, pois dormimos os três lá, que "O Avião do Chape caiu!" Eu achei que era um começo de uma piada sem graça que acabaria por mencionar o eterno 5x0 contra o meu time; respondi:"não posso fazer nada" . Ele ficou em silêncio e não riu. Vi que era sério. Pedi que ele repetisse e ele repetiu a mesma frase no mesmo tom. Visualizei muitas coisas ao mesmo tempo: cenas de acidente, pessoas em desespero, parentes querendo notícia, imagens de aeroporto, comoção...Visualizei tudo até conse

O Plano

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O Futuro ainda pode ser fabuloso, sabia? E a vitória ainda é o nosso inevitável destino. Não duvide! Ainda não é tempo de deixar cair os ombros e matar os sonhos. Fique tranquilo, respire, mantenha a fé. Eu tenho um plano. Aliás, eu sempre tive um plano para dias sombrios como estes (eu sabia que eles viriam) e agora é hora de dividir com você. Eu estive reunindo, por todos estes anos, as melhores pessoas com os maiores dons. Você é uma delas. Juntos, nós produziremos o antídoto para todo esse mal. Não se desespere, nada está perdido. É um projeto bastante ambicioso e ele deve tomar o mundo! mas a sua execução é simples. Depende, porém, de um compromisso que você assuma agora diante de você e dos outros. A sua parte é fundamental. Você vai precisar se doar para que dê certo. Você precisará usar o seu melhor que, direcionado para os outros, eu tenho plena certeza, é o suficiente para curar o mundo. Eu confio no seu potencial e na sua bondade, como eu falei

Eu disse tanto sobre este mundo

Eu disse tanto sobre este ano e tanto sobre este mundo. Falei da queixa e do engano e de tanto pesar profundo...  Como se nenhuma alegria me fizesse companhia nem sequer por um segundo. Mas e os luares, eu não olhei? E os sóis, que foram tantos... E os amigos que abracei, e quando eu cantei meu canto... E as tardes preguiçosas em que as horas ociosas só trouxeram paz e encanto? Tive  dias de só lutar em que nem lembro se sorria. Mas tive tempo de amar,  de dançar até ser dia; De me tornar aprendiz para que cada cicatriz doutrinasse  enquanto ardia. Eu disse tanto sobre este ano e tanto sobre este mundo... Das horas fazendo amor, dos meses arando a terra Das tardes sentindo dor, das noites tramando a guerra Das manhãs de só sonhar, das madrugadas de só sentir Do instante de mergulhar, do momento de emergir... Eu disse tanto sobre este ano e tanto sobre este mundo...Eu só esqueci de agradecer o suficiente.
Eu nunca desperto completamente, e nem tão pouco eu durmo de fato. Eu vomito antes de estar bêbado o suficiente; e sem beber também não sinto-me sóbrio. Somos mortos-vivos, eu acho. Convivendo com uma tristeza admissível e uma alegria condicionada. Quase morremos às vezes...às vezes, quase vivemos