Velto Correa

Amanhã será o meu aniversário. Mais uma data qualquer. E a despeito da astrologia, numerologia e outras ciências, será um dia igual aos outros dias. E mesmo que este me definisse de alguma forma (não creio muito que o faça), não me torna especial em grau algum. Mesmo assim eu gosto dos aniversários (mais dos outros, porque o meu sempre me deprime um pouco). Gosto de ter a possibilidade de homenagear as pessoas que eu amo ou admiro. Lembrá-las e descrevê-las para compreender o quanto as conheço e o quanto as amo. Gosto também quando me escrevem no 25 de agosto. Gosto do carinho e de ser lembrado. Gosto dos elogios quando são exagerados, porque quem nos ama nos vê bem melhores; assim eu aceito o engano como prova de afeto.    Mas e se eu escrevesse para mim no meu aniversário? Se eu tivesse que parar para pensar no quanto me amo e admiro (ou não), como seria? Pois bem, eu diria: "Velto!(assim que eu chamo a mim mesmo quando converso sozinho, geralmente me criticando)...Velto, meu v

    Eu tentei explicar pro Gustavo, que é o meu amigo mais antigo, o porquê de eu não conseguir conversar com ele à distância. Tentei explicar pro Lucas que é o mais próximo entre os meus novos amigos, porque eu precisava conversar com ele todos os dias. Eu não tentei explicar nada pro Binho; nem achei preciso.    Mas antes eu expliquei pra mim mesmo o que é preciso aprender estando longe deles, da família e de tantos que eu amo além do explicável. É preciso aprender a estar. E por isso me parece importante me afastar por mais tempo.    Minha missão é bem simples: não sofrer! Porque a saudade não precisa ser este tijolo no peito.    Se eu aprender isso, talvez um dia eu possa morar numa ilha, onde eu escreva cartas pros meus bons amigos... sentindo, satisfeito, todo o amor que conquistei como uma brisa morna, vinda de longe.    Ontem eu estive triste e tristeza é coisa com a qual não sei lidar. Mas, não por acaso, eu estava conectado à rede e a ultima coisa que ouvi foi o áudio d