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Caminhos Para o Consenso

   Quais os outros caminhos para o consenso, posto que o senso comum anda tão multifacetado? Talvez seja hora de calar os discursos e argumentações. Você quer que as pessoas entendam mas você não entende. Quer que as pessoas ouçam mas você não ouve. Quer que as pessoas reavaliem mas você não reavalia. Eu tô aqui em silêncio tentando abrandar meu espírito e me perguntando se o que eu busco é o mesmo que busca o meu discordante? E considerando que sim, por que existe essa divisão quando a verdade reside na soma das coisas.     Existe um sábio que precisa ser ouvido antes de todos os outros. Este sábio mora dentro de você. Este sábio sabe sobre você e os seus sentimentos. Suas corrupções e preconceitos. Permita-se o silêncio, a meditação o auto questionamento. Pode muito bem ser que a coisa que você combate no outro esteja mais latente em você. Pode bem ser que essa cólera seja um reconhecimento das suas próprias falhas.    Eu nãos sei o que fazem as pessoas boas para serem boas. Sei
Um textão para falar de quatro etapas de uma vida com propósito: TALENTO, SONHO, TRABALHO E RESULTADO. De todas as coisas tristes que tenho visto nesta guerra - porque sim: "há guerra". No momento em que alguém quer o extermínio do outro, isso é uma guerra! a simplificação está em pensar que matar o corpo é a única maneira de promover o extermínio de alguém. Não é. Pois se extermina também, quando não deixamos o outro ser e existir, mesmo sem matá-lo. Se você não quer que uma pessoas seja o que nasceu para ser ou o que é em essência, você está promovendo o seu extermínio! - então ontem vi uma agressão (mais uma promovida e estimulada por este governo e seus apoiadores) anexada a um post onde um bando de jovens que, supostamente seriam alunos de humanas dentro de uma universidade pública (repito:SUPOSTAMENTE), faziam uma estranha e incompreensível performance em sala de aula, dançando seminus, de forma a expressar irracionalidade e selvageria. O contexto? Não sei. A intenção?

A Queda do Falcão.

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Eu vi um falcão despencar do céu. Eu reclamei com o vento: "Vento cruel, para que machucar o meu falcão?" Eu disse "meu falcão" mas eu não o possuo. Quem possui falcões são falcoeiros, que aprenderam a amar dominando e a cuidar prendendo - como quase toda pessoa que conheço. Mas eu não sou falcoeiro. Eu não domino. E o que me faz amar os falcões é justamente sua liberdade. Mas o céu é imenso e voar tem seus riscos. Quanto mais céu, mais riscos. Eu vi meu falcão despencar do voo mais feliz... Eu nada pude fazer. Eu não o vi ao chocar-se ao chão; eu já o vi caído e de asas quebradas, piando um pio de dor. Eu chorei também, como se doessem minhas próprias asas. Eu o juntei e o tenho cuidado. Suas asas se curam devagar, mas seus ossos e penas se recompõem fortes... A natureza de seu corpo e sua própria vontade é que sabem o tempo de cicatrizar e não eu. E eu já o vejo ensaiar uns movimentos. Suas penas querem de novo enfrentar o vento que já o derrubou. Que

Feliz dia 26!

   Comentei com um amigo uns dias atrás que eu tava me sentindo o Grinch. As coisas do Natal estavam me irritando um pouco(muito!); Mas não é novidade que desde que entrei na vida adulta, eu meio que brigo com meus sentimentos no Natal. Brigo para não exagerar no ceticismo e, embora eu não veja outra razão em datas senão a de nos situar no tempo, eu não tente explicar a cada Natal que o dia sequer corresponde ao aniversário real do Cristo, que não faz sentido decorações de neve em dezembro cá nos trópicos e que o Papai Noel é só o cara que a Coca-Cola vai conseguir substituir pela família de ursos polares nos próximos anos.    Mas eu gosto de festa, de churrasco, de família, de gente... de forma que remedio o meu mau humor natalino para confraternizar, rir, comer, beber... Mas meu coração insiste em não esquecer que Papai- Noel é um velhinho que quase nunca vem, que Cristo é um coadjuvante na própria festa e que, por algum motivo eu me sinto mais pensativo e solidário no dia do índio

Maus Perdedores que Somos.

Olha, doeu um tanto e ainda não curou! Ainda não sabemos bem o que fazer com o ressentimento. A gente não tinha preparado um discurso para a derrota mesmo quando a derrota já era anunciada. Nós, do lado de cá, somos assim: sonhadores iludidos; naquele grau patético que aborrece os realistas. Somos essa gente esquisita que se aconselha em poesia, abraça árvore e aplaude pôr-do-sol. Não somos práticos e preferimos não acreditar nos números. Tínhamos um outros elementos a considerar: o tal humanismo, a tal caridade. Afinal, vivemos na bolha, não é? Somos os ursinhos da nuvem rosa e, obviamente, o mundo é mais deles do que nosso. E, sim, existem nós e eles. Lição amarga. "Nós e eles, até na mesa de jantar." Admito, sobretudo, os maus perdedores que somos. Não apertamos ainda a mão do adversário, agradecendo pelo bom combate... até porque não houve bom combate; teve muito golpe baixo e jogo sujo, dos dois lados. Foi final de gauchão com grenal, sem charme ou técnica.  Xingamo

Vamos cuidar uns dos outros!

Ao fim da apuração, eu segurava a cabeça com as duas mãos. Eu não chorei mas mas quando os fogos começaram, me deu um nó!  Achei mais sentido em sair e assistir a comemoração do que ficar amargurando tantos pensamentos em casa. Quem sabe eu visse algo inspirado ou quem sabe eu simpatizasse com algum dos vencedores... "Não esquenta a cabeça e te cuida!" disse minha mãe; "Vida que segue!" Fui para o centro caminhando. Seria uma hora de caminhada e isso me pareceu bom: esfriar a cabeça e me forçar desde já o exercício da minha liberdade, a reafirmação do meu espaço, da minha presença e da minha permanência, apesar dos pesares. Tem um cãozinho na casa da minha mãe. Apareceu um certo dia e por lá ficou. Ganhou água e comida e decidiu não ir mais embora. Ele tem a mania de seguir a gente pela rua e eu sempre o enxoto; ralho com ele, jogo pedras...; Ele desvia, recua, desiste. Ontem eu percebi que ele me seguia desde que saí pelo portão. Mas no meu desânimo não tive f