Sentimentos de Fim de Ano.


  Eu não deixo de pensar, especialmente aos finais de ano, que o tempo me venceu um pouco. Eu resisti muito ao desgaste, como boa rocha que sou. Mas  muitas promessas eu não consegui manter.
     Eu ainda me lembro dos sentimentos ideais que eu tive e que eu não deveria perder. Eu lutei por eles. Mas o fato é que hoje em dia o olho brilha menos, e mesmo o meu sorriso mais espontâneo tem alguma sombra. 
    Este fatal exercício de finalmente olhar  para aquilo que ao longo dos dias evitamos é algo típico destas datas. Hoje é um dia em que eu me encaro me estranhando um bocado!, pois vejo o quanto eu sou menor agora. Menor em fé, em esperança, em confiança... Temer e duvidar são verbos comuns pra mim. Mesmo tendo experimentado a satisfação, o êxito e a alegria neste ano de 2014, a PAZ em si foi coisa rara.  Eu acho que é o momento de me fazer algumas perguntas finalmente; Preciso saber de quais coisas eu tenho culpa e de quais não. Preciso saber se existe uma legítima razão para esta melancolia, ou se isso é só mais um sintoma de uma alma doente e apequenada.
    Deus sabe que gritar, e correr, e dançar, e enlouquecer  foram coisas úteis. Mas é só o silêncio que sabe da verdade. É na quietude  que a gente descobre se é mesmo forte. Hoje eu me testo!
    Eu tenho uns enganos para desfazer e uma verdades amargas pra engolir;coragem! Tem algum lixo acumulado nas gavetas que eu não mexo.Já é tempo de virar tudo e dar uma boa olhada!
    Eu nem sei o que é ainda, mas por certo tem alguma coisa encalacrada aqui por dentro! Esta coisa precisa ser exposta, analisada e resolvida. Todos os assuntos pendentes precisam.
    Eu tenho tido pouco respeito pela tristeza, e o desrespeito nunca é bom!
    Assim como eu me vanglorio das minhas virtudes, tenho que ter sabedoria e humildade para entender minhas fraquezas.
    O que eu sei ao certo,é que alguma coisa requer uma atenção urgente no coração de um homem que sabe que pode ser um gigante, e que mesmo assim se comporta, algumas vezes, como um vermezinho!
 

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