A origem da decepção.


  Eu, se pudesse, guardaria sempre a primeira impressão que tenho de todos. E evitaria me aprofundar mais.

   É impressionante como a proximidade deforma a cara das pessoas. É contraditório, mas é justamente o conhecer que leva ao estranhar.
  Quem é o que esperávamos? E quem é mais? 
  Algumas vezes viver se resume a este exercício de decepção. Existe sim uma alternativa, que é não esperar muito. Mas como viver esperando por pouco? Que tipo de existência seria essa? 
  Eu, egoisticamente, quero que as pessoas correspondam; enquanto as pessoas têm suas próprias expectativas. Expectativas não se cruzam, que não são se cumprem. A gente vive disso, eu acho... adequar expectativa à realidade; rever conceitos e colocar as pessoas como elas são, nos lugares que lhe reservamos. Como objetos bem pequenos em caixas enormes.
  Acho que raramente vai surgir alguém grande. Mas é sempre possível diminuir a expectativa.

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