E eu ainda espero não soar clichê, mesmo dizendo estar bem, até quando o peito tá tão apertado que mal respiro. Ainda espero não ser uma caricatura de mim, mesmo permitindo que não me levem a sério e que me vejam simplesmente como o cara que canta e bebe, que não sofre e nem se importa. Ainda espero não ter a vida igual  a de todo mundo, mesmo me pautando em cartilhas velhas que não fizeram e nunca farão ninguém feliz; vivendo ainda os dilemas dos meus avós. Ainda espero não ser medíocre, mesmo mentindo pra mim mesmo e tentando não amar quem amo e fingindo gostar de quem não me importa. Ainda espero não ser previsível, mas ainda luto por aprovação, imploro por atenção e quase rastejo por algum carinho. Ainda espero não ser parte deste absurdo, mas sou igualzinho a uma centena de outras pessoas nada admiráveis que conheço que desistiram de tantos sonhos grandes simplesmente por não serem capazes de se reconhecer na grandeza.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sobre as catástrofes naturais...

Vamos cuidar uns dos outros!