Deprimidos, desajustados e loucos.
Um amigo me confessou sentir-se deprimido, desajustado e sem fé no futuro. Como era de se esperar, eu fui coerente. Usei todo um repertório de bons conselhos: não se desista da vida. Não desista das pessoas. Não desista de você.
Mas veja essa como é essa vida e veja como são essas pessoas que eu digo valerem a pena...
O que eu aconselhei, na verdade, foi uma violência. Pois é como se eu tivesse dito para que a pessoa respirasse fundo, levantasse e aceitasse tudo o que é absurdo.
Assim que a gente vive... sufocado na negação e na apatia. A gente não pensa. Aprendeu a não fazê-lo porque a conclusão não será boa. Talvez a resposta depois da resposta, seja. Mas a imediata, aquela que um pensamento nem tão profundo pode levar, é a de que estamos muito errados, perdidos, solitários e tristes. Dizer que tudo está bem, que as pessoas são boas, que o mundo é maravilhoso e que cada um é perfeito a seu modo, não irá mudar isso. São placebos com gosto de sal.
Na verdade, não somos perfeitos e as pessoas não são felizes e nem são boas. O mundo é bom, mas se pudesse, seguiria sem a gente por um caminho menos confuso.
Somos vazios, confusos e tristes. Nos alimentamos da carcaça de amores mortos: ilusão, posse, covardia e costume. Somos a sociedade do cárcere. O cárcere é a nossa casa e até o tempo nós aprisionamos à uma regra. Pois nada completamente livre cabe na nossa compreensão. Precisamos dos ponteiros e dos muros.
E o que eu aconselho aos desajustados, deprimidos e loucos é que se ajustem...que sufoquem seu grito mais sincero,.. que vistam seus arreios e sigam a marcha dos conformados e razoáveis.
Mas existe esta hora entre o domingo e a segunda em que eu não consigo evitar sentir. Uma pausa entre o divertir-se pra esquecer e o ocupar-se pra não pensar, em que a gente se distrai vê, mesmo querendo evitar, o quão é miseráveis, covardes e tristes nós somos...
No contexto da vida como ela parece ser hoje, se vejo alguma virtude, é na loucura, na tristeza, na incompreensão de quem se vê deslocado...
Por isso eu não posso mais tirar a razão de quem sofre. Quem me dera ter a grandeza de chorar profundamente, de enlouquecer e de pular contigo do abismo.
Enfim, não estamos loucos. O mundo, se quer continuar assim, é que está.
Mas veja essa como é essa vida e veja como são essas pessoas que eu digo valerem a pena...
O que eu aconselhei, na verdade, foi uma violência. Pois é como se eu tivesse dito para que a pessoa respirasse fundo, levantasse e aceitasse tudo o que é absurdo.
Assim que a gente vive... sufocado na negação e na apatia. A gente não pensa. Aprendeu a não fazê-lo porque a conclusão não será boa. Talvez a resposta depois da resposta, seja. Mas a imediata, aquela que um pensamento nem tão profundo pode levar, é a de que estamos muito errados, perdidos, solitários e tristes. Dizer que tudo está bem, que as pessoas são boas, que o mundo é maravilhoso e que cada um é perfeito a seu modo, não irá mudar isso. São placebos com gosto de sal.
Na verdade, não somos perfeitos e as pessoas não são felizes e nem são boas. O mundo é bom, mas se pudesse, seguiria sem a gente por um caminho menos confuso.
Somos vazios, confusos e tristes. Nos alimentamos da carcaça de amores mortos: ilusão, posse, covardia e costume. Somos a sociedade do cárcere. O cárcere é a nossa casa e até o tempo nós aprisionamos à uma regra. Pois nada completamente livre cabe na nossa compreensão. Precisamos dos ponteiros e dos muros.
E o que eu aconselho aos desajustados, deprimidos e loucos é que se ajustem...que sufoquem seu grito mais sincero,.. que vistam seus arreios e sigam a marcha dos conformados e razoáveis.
Mas existe esta hora entre o domingo e a segunda em que eu não consigo evitar sentir. Uma pausa entre o divertir-se pra esquecer e o ocupar-se pra não pensar, em que a gente se distrai vê, mesmo querendo evitar, o quão é miseráveis, covardes e tristes nós somos...
No contexto da vida como ela parece ser hoje, se vejo alguma virtude, é na loucura, na tristeza, na incompreensão de quem se vê deslocado...
Por isso eu não posso mais tirar a razão de quem sofre. Quem me dera ter a grandeza de chorar profundamente, de enlouquecer e de pular contigo do abismo.
Enfim, não estamos loucos. O mundo, se quer continuar assim, é que está.
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