A California me deu um nó

  Eu ainda não posso escrever sobre a California. É uma missão grande demais. É como descrever o doce enquanto o mel ainda esta na boca, ou tentar falar do mar enquanto ainda estou mergulhado nele. Eu vivo uma vida real aqui, lavando roupa, indo ao mercado, correndo atrás da grana. E aqui também eu vivo o sonho, o surreal. Eu sinto identificação e estranhamento. Existem mais pessoas como eu aqui do que de onde eu venho. Talvez por isso mesmo eu sinta que sou mais necessário lá. Ao menos é o argumento com o qual eu rebato uma vontade crescente de viver aqui pra sempre. Mas eu sei que a California é só uma nova namorada. E eu não sei por quanto tempo essa paixão dura. Mas agora tô apaixonado. Tem vezes que eu sinto a solidão e pra mim isso é uma novidade. Tem vezes que eu sinto a plenitude da autossuficiência que também é coisa nova. Eu me divido entre a alegria presente de estar e uma certa agonia com a possibilidade do partir. E, meu Deus, existe a saudade. A que eu já sinto pelas as pessoas que me fazem falta e a que eu já antecipo dos amigos que fiz aqui. A California tá aqui, na minha janela e tá me chamando... e eu vou. Eu me jogo. Eu vivo. É só o que consigo agora, pois eu ainda não estou apto a escrever sobre tudo o que é esta experiência, isto ainda não é meu relato. Isso é só pra dizer o que este lugar é capaz de fazer comigo: ele me cala me beijando!

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