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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Ten Days in Woodbourne

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Today I can finally think about those ten days. Those moments, I have tried to save in dozens of pictures. Indeed, the most important impressions of each place are impossible to capture. Places like that have soul and heart... Houses built of mother's cares and father's work. A kindness and love you feel like a warm embrace. Outside, beneath the ice of winter, lay the trails, overgrown, and rugged, heavy with the adventures experienced by young children from springs long ago.  "I would like to see the place you grew up," I told to Chris once (without believing it would actually happen) while he showed me pictures of the snow in his backyard. And the first time I saw snow in my life, it was not disapointing to me, not even for a second. Actually, we did not have the best moment when I was snowboarding for the first time, and, I have to thank Mohib, for all the patience and support (love you, bro! it was a pleasure to meet you and Julia!) Nevertheless, in the...

A ONDA

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  Vemos crescer lenta e constantemente uma onda de ódio. A sua sombra já nos cobre. O ódio já se ergueu além dos prédios e chega à altura das colinas. Eu vejo esse muro massivo de intolerância diante de nós. Dentro deste mar, os tubarões espreitam. Vejo rostos ferozes do outro lado, proferindo ofensas, xingamentos. É a onda que veio lavar o mundo de nós: os desajustados, os anormais, os marginais, os ilegais, os não cordatos, os não evangelizados, os não politizados, os sexualizados, os selvagens...   Somos a última tribo e precisamos ser civilizados ou extintos.   Será que seremos exilados, aprisionados ou massacrados novamente? Fugiremos pro alto dos morros ou pro fundo dos guetos? e como a história chamará este novo holocausto? Que insignia terão os homens de bem na caça às bruxas dos nossos tempos?    Eu sei é  que essa onda cresce, com velhos discursos e novas siglas. A represa ainda resiste, mas por quanto tempo? Por quanto tempo o bom senso, a ...
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É dia dois de janeiro e eu já escolhi minha imagem favorita da virada 2017-2018. Alguém postou a foto sem os créditos. Eu achei linda e quis postá-la na minha timeline. Descobri que a foto de Lucas Landau, tirada na praia de Copacabana, foi publicada na página do jornal "O Globo" hoje cedo. Para não escapar à regra de tudo que se publica, gerou polêmica. "Quem é o menino? Qual a sua situação? Por que se deduz que é pobre, abandonado ou marginalizado?..." Eu, apenas achei esteticamente bonita e pessoalmente tocante, pois me  me fez lembrar da minha própria infância. A infância de um menino pobre: eu, não o da foto. Não sabemos muito do menino ainda mas, verdade ou não, ele inevitavelmente representa o que sua pele deixa interpretar. Ele pode não ser o menino pobre e marginalizado, mas faz pensar nos meninos pobres e marginalizados. Faz pensar em quem aprendeu a assistir as festas de fora, a sentir o cheiro das ceias sem prová-las, a ser invisível entre multidões. ...