Um Cara Dramático
Duas coisas sobre críticas que eu acredito: 1) elas sempre são construtivas em algum grau; 2) elas sempre ofendem em algum grau.
Assim, quando as pessoas dizem que eu sou dramático (isso já passou a ser mais uma definição do que eu sou do que uma crítica), elas ignoram que eu só deixo vazar uns 10% do drama que eu sou de fato. Eu absorvi essa crítica e luto 24 horas por dia para diminuir os meus impulsos de chorar, de brigar, de reclamar, de me magoar, de transparecer tudo o que eu to pensando e sentindo.
Ser dramático talvez seja ruim para as nossas relações e, se nós as prezamos, não deve ser mal tentar diminuir o sentimentalismo. Pode até ser saudável, porque tristeza, saudade, ressentimento, tudo me dói e me adoece de um jeito...
Por outro lado, conter ou camuflar coisas que eu sinto me faz sentir meio mutilado. Hoje eu tô triste pra caralho, tô sozinho pra caralho. Eu gostaria de dizer isso pra alguém. Explicar como eu me sinto e como eu não entendo o que eu sinto e como eu gostaria desse alguém para me ouvir, porque se eu to desabafando com alguém é porque essa pessoa é foda e eu amo ela um montão e vou lamentar quando a gente parar de se ver e "drama, drama e drama..." Tudo real e sincero, mas tudo drama.
Aqui, especialmente, onde as pessoas são contidas e que é difícil perceber quem te quer por perto ou quem aceita sua companhia por educação, eu fico tentando ler sinais e saber qual é o meu grau de envolvimento com cada um. Quem é meu amigo, quem vai achar legal se eu ligar pra conversar ou quem não vai se importar se eu deixar escapar um pouquinho mais desse mar interno de coisas que me transborda. Isso é drama, né?
No Brasil quase todo mundo é um fiasco e mesmo lá, eu já estava acima da média. Aqui devo parecer personagem de telenovela.
Eu to tentando, juro. To sendo mais racional, menos impulsivo, expressando menos, tentando não ligar tanto. É um exercício de merda, na real, Mas ok! ainda vou tentar mais.
Porém já decidi que se eu não me adaptar a essa nova versão de mim, volto a ser o exagero de sempre, mesmo que perca amigos. Melhor eu gostar de mim do que os outros gostarem e foda-se!
Assim, quando as pessoas dizem que eu sou dramático (isso já passou a ser mais uma definição do que eu sou do que uma crítica), elas ignoram que eu só deixo vazar uns 10% do drama que eu sou de fato. Eu absorvi essa crítica e luto 24 horas por dia para diminuir os meus impulsos de chorar, de brigar, de reclamar, de me magoar, de transparecer tudo o que eu to pensando e sentindo.
Ser dramático talvez seja ruim para as nossas relações e, se nós as prezamos, não deve ser mal tentar diminuir o sentimentalismo. Pode até ser saudável, porque tristeza, saudade, ressentimento, tudo me dói e me adoece de um jeito...
Por outro lado, conter ou camuflar coisas que eu sinto me faz sentir meio mutilado. Hoje eu tô triste pra caralho, tô sozinho pra caralho. Eu gostaria de dizer isso pra alguém. Explicar como eu me sinto e como eu não entendo o que eu sinto e como eu gostaria desse alguém para me ouvir, porque se eu to desabafando com alguém é porque essa pessoa é foda e eu amo ela um montão e vou lamentar quando a gente parar de se ver e "drama, drama e drama..." Tudo real e sincero, mas tudo drama.
Aqui, especialmente, onde as pessoas são contidas e que é difícil perceber quem te quer por perto ou quem aceita sua companhia por educação, eu fico tentando ler sinais e saber qual é o meu grau de envolvimento com cada um. Quem é meu amigo, quem vai achar legal se eu ligar pra conversar ou quem não vai se importar se eu deixar escapar um pouquinho mais desse mar interno de coisas que me transborda. Isso é drama, né?
No Brasil quase todo mundo é um fiasco e mesmo lá, eu já estava acima da média. Aqui devo parecer personagem de telenovela.
Eu to tentando, juro. To sendo mais racional, menos impulsivo, expressando menos, tentando não ligar tanto. É um exercício de merda, na real, Mas ok! ainda vou tentar mais.
Porém já decidi que se eu não me adaptar a essa nova versão de mim, volto a ser o exagero de sempre, mesmo que perca amigos. Melhor eu gostar de mim do que os outros gostarem e foda-se!
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