Os Museus do Futuro


Num momento em que tudo é emergencial no Brasil, é preciso lembrar que o que é primordial não mudou: é a educação.
A despeito de tudo que nos falta e de tudo que perdemos, a educação ainda é a semente a ser sempre plantada.
A educação não apenas encherá os museus do futuro mas ensinará a apreciá-los e valorizá-los... a preservá-los.
De que vale odiar quem não sabe ou não entende? essas pessoas não foram ensinadas. Faltou a educação no nível mais básico.
As ciências, as filosofias, a história, o entendimento... a educação proverá o pão e o teto, não para hoje, mas para o amanhã.
A educação nos explicará este caos.
As mentes simplistas clamam que não há saúde, que não há segurança e que a educação pode esperar. Mas é preciso sarar, comer e viver sem jamais parar de educar. Senão estaremos apenas salvando e alimentando os carrascos do amanhã. Criaturas sem visão nem compaixão.
 A educação é o que nos salvará da extinção. É preciso cravar o pé e não recuar um centímetro mais. Temos que proteger a educação como quem protege a significância da existência. Todo o investimento possível ainda é pouco. Não só de dinheiro, mas do nosso tempo e esforço. Vamos pensar novas maneiras de ensinar e de aprender.
A educação fará o homem estudar as plantas para amar e cuidar das plantas. Fará o homem especular sobre o universo e então entender, amar e respeitar o universo. Fará o homem estudar o homem e então aprender a ter compaixão pelo próprio homem.
A educação é a verdadeira salvação e o verdadeiro salvador. A educação como valor humano e não capital. Educação para o bem coletivo, para a comunhão dos povos. A educação para cessar todas as guerras.
Não odeie aquele que se debruça sobre as pesquisas, livros ou tubos de ensaio... Não despreze quem gasta seus dias nos museus, bibliotecas e laboratórios... Essas pessoas, invariavelmente estão trabalhando na salvação deste mundo. Estão buscando explicações, soluções, saídas. Essas pessoas são as construtoras do futuro e a sua ferramenta é esta injustiçada, desvalorizada e menosprezada  educação, porque os maus só triunfam na ignorância.
Se já se incendeiam ou se deterioram os nossos livros, nos apressemos em alfabetizar os novos escritores, cientistas, filósofos. Os acervos culturais precisam ser protegidos, mas sobretudo, seu conteúdo deve ser absorvido. E aí que as consciências se alargam. Aí que a mudança se promove.

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